Tenho um hábito já antigo de transportar os livros que leio comigo, mesmo que não os leia para onde muitas vezes os levo.
Um desses locais é sempre, mas sempre, o meu local de trabalho. E no caso do bar onde trabalhava, emprestava-os muitas vezes às pobres desgraçadas das minhas colegas de "Bengaleiro".
Não é de todo uma adjectivação que pretenda ofender, apenas não me revejo (nem elas) nas suas posições. Estamos a falar de noites inteiras sem nada que se faça, nem ninguém para partilhar o nada que se faz.
Trabalhava sim porque fui ( o que se gosta de apelidar quando se quer despedir alguém sem uma justificação plausível ou não justificável perante o ministério do trabalho) dispensado.
Sem que baixasse a cabeça, peguei uma vez mais no meu livro, e partimos os dois celebrar uma última noite, um último copo, uma última despedida dos copos e do bengaleiro respectivamente...
Recebi abraços, cumprimentos, abraços, elogios, mais uns quantos abraços, meia dúzia de beijinhos e mais dois ou três abraços para o caminho.
Mas digo com orgulho que o sacana que foi transportado por MIM para o MEU ex local de trabalho ficou a ganhar...
Gonçalo Cadilhe, seu autor viajante, passou por lá e deu com a minha amiga Sandra a ler distraidamente...
Está aqui o resultado...

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