quarta-feira, 3 de março de 2010

Gonçalo Cadilhe


Não o conhecia confesso.

Nada no seu nome disparava qualquer campainha e escreve um estilo de livro que não pensei vir a ler nos próximos tempos.

Exactamente daquele tipo de capas para as quais não olho duas vezes e o estilo preciso de títulos que não me incitam a comprar.

O seu nome é Gonçalo Cadilhe e é intitulado como o maior viajante português.

"Apanhei-o a caminho de casa enquanto ouvia o início da Prova Oral na Antena 3.

Programa virtuoso esse... é verdade!

Já é costume, a caminho do trabalho, ouvir os massacres do Sr Alvim a convidados que dão sempre impressão de terem sido convidados quase ao acaso, daí nunca ter ficado com nenhuma referência em mente ( Á excepção talvez da presidente do clube nacional de virgens).

A conversa prendeu-me. Não exactamente pelo que o Gonçalo fez ou diz que fez, viu ou diz que viu, passou ou diz que passou. Prendeu-me sim pela forma como o transmite de forma leve e superficial, como se não quisesse dizer tudo, guardar a melhor parte para ele. Isto traduz-se numa leitura que não é sobre carregada, e deixa-nos assim um espaço ainda grande para nos imaginarmos a nós próprios nos sítios por onde passa.

Arriscaria mesmo a dizer que tem o dom de transmitir mais pelos espaços em branco e mudanças de assunto quase "a meio" do que pelas suas descrições nunca exaustivas.

Entrou na minha vida de rompante e mudou assim de um momento para o outro os meus alvos de compra nas livrarias mais próximas...

E sem dizer muita coisa.

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