domingo, 20 de abril de 2014

Cartas ao vento

Amigo, 

Trato-te desta forma porque é assim que te vejo. Conhecemo-nos há uns anos e foram raros os momentos em que de facto nos acompanhámos, mas temos noção da natureza e genuinidade um do outro como poucos o têm. 

Hoje pensei em ti. 

Pensei em ti porque me mudei de novo e no remexer de tralhas várias encontrei um papel solto com notas numa caligrafia que não é a minha.  

Destacam-se palavras isoladas: buddha, barty, silk... creio que sejam as notas que tiraste enquanto preparávamos o teu cv.

Já se passou uma eternidade desde esse sábado. Uma eternidade com certeza maior para ti, pelo avolumar de acontecimentos. 

Tenho sabido pouco de ti e o que me tem chegado incomoda-me. Receio mais pelo que não se diz de ti do que pelo que em verdade se conta. Voltando à minha 1a linha, na condição de teu Amigo, na condição de quem te ama e te quer bem, quero deixar-te um abraço de apoio e força. 

Peço-te que vivas tudo quanto tenhas para viver nesta fase. Mas que não te deixes afundar neste ciclo de excessos...

Requer mais força sermos quem queremos ver no espelho.
Requer mais força sermos o farol de exemplo que queremos ver seguido. 

Mas tu tens essa força e eu orgulho-me dela. 

Se não mais, que esta mensagem sirva para que te lembres disso. 


Abraço, 
Amigo.

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